segunda-feira, 8 de julho de 2013

Entrevista a Joana Vasconcelos (artista plástica portuguesa)

Joana Vasconcelos
           “A MINHA OBRA E AS LIVRARIAS DÃO-SE MUITO BEM”

       Ainda a exposição de Versalhes não tinha terminado e já a artista plástica sabia que tinha sido escolhida pela Secretaria de Estado da Cultura como representante portuguesa na Bienal de Veneza de 2013. Uma entrevista entre arrumações.

       Não só foi a primeira mulher e mais jovem artista a expor no Palácio de Versalhes como foi convidada para representar Portugal na Bienal de Veneza. 2012 é o melhor ano da sua carreira?
       Espero que seja melhor ano seja sempre o próximo.
       Versalhes significou o quê?
       Um desafio e uma responsabilidade enormes!
       E o que podemos esperar da sua participação na Bienal?
       Posso adiantar que será um projeto ambicioso onde as histórias de Portugal e Veneza se cruzam de uma forma desafiante e surpreendente.
       Sente-se uma verdadeira embaixadora de Portugal?
       De alguma forma, os artistas acabaram por ser embaixadores da sua própria condição, seja a nacionalidade, o género, a sexualidade, etc. No meu caso, sinto uma enorme vontade de confrontar Portugal com o exterior. Comparar e fazer dialogar alguns dos nossos símbolos com outras culturas é a melhor forma de avaliar o nosso posicionamento e ter uma visão mais rica do ethos nacional e também do mundo.
       Recentemente, publicou um livro que percorria 15 anos de criação artística, com textos, entre outros, do filósofo francês Gilles Lipovetsky. A sua obra tem uma e só uma filosofia?
       Certamente que não. Terá tantas filosofias quantas aquelas que os observadores da obra tiverem. Tem sido muito interessante ouvir aquilo que o público retira das obras e sei por isso que a minha obra é suficientemente aberta para questionar e enriquecer as diferentes formas como cada um de nós vê e entende o mundo.
      Como se define hoje?
      Defini-me como artista plástica.
      O Natal está à porta. Isso diz-lhe o quê, exatamente?
      Vamos ter muita animação.
      Para além da crise, o que espera do novo ano?
      Espero muito trabalho.
      Portugal é um país que continua em banhos?
      Infelizmente, Portugal está sem água na piscina…
      O que está a criar neste momento?
      Estou presentemente a trabalhar no projeto da representação nacional na Bienal de Veneza de 2013.
      Há algum artista que acompanhe com mais atenção?
      Não.
        Falemos de livros - e livrarias. O que repara de imediato quando entra numa livraria?
      Nas escadarias.
      Alguma vez pensou criar uma peça para livraria?
      Apesar de nunca ter criado uma peça especificamente para o espaço de uma livraria posso dizer que a minha obra e as livrarias se dão muito bem. Uma das minhas peças (Valquíria #2) foi adquirida pela Martins Fontes em 2004, estando permanentemente exposta numa grande livraria em São Paulo, e em 2009 expus a Valquíria Excesso no espaço de Ler Devagar na Lx Factory.
      Abra-nos o livro. O que está a ler?
      O Filho de Mil Homens, de Valter Hugo Mãe.
      Que livro mais a surpreendeu ultimamente?
      Finisterra, de Carlos de Oliveira.
      algum escritor português com quem gostaria um dia de trabalhar?
      Gosto muito do trabalho do Valter Hugo Mãe e ainda recentemente tive o privilégio de poder contar com um magnífico texto do Valter para o catálogo da exposição no Palácio de Versalhes.
Texto: Catarina Araújo
In Somos Livros, BERTRAND Livreiros, Natal 2012

1.Acabou de ler um texto da Comunicação Social.
1.1.Defina, por palavras suas, esta modalidade jornalística.

2.O texto transcrito é iniciado por uma introdução.
2.1.Qual lhe parece ser o objetivo de tal introdução.
2.2.Indique o assunto que motivou a entrevista a Joana Vasconcelos?

3.Atente no Corpo da Entrevista.
3.1.Retire um exemplo de uma pergunta que revele que o jornalista se documentou sobre a artista plástica.
3.2.Como é que Joana Vasconcelos define “filosofia”?

4.Indique a função da linguagem utilizada neste texto.

5. Podemos considerar esta entrevista completa? Justifique convenientemente a sua resposta.

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